Há pouco tempo atrás, o suicídio ainda não era reconhecido como um problema de saúde pública.
Durante muitos anos, suicídio encontrava-se como uma das causas externas de mortalidade à sombra pelos elevados índices de homicídio e acidentes com veículos. Foi a necessidade de discutir tais causas de morte que trouxe à tona a discussão também sobre o tema.
A taxa de suicídios no Brasil e no mundo ainda é elevada, indo na contramão dos dados que a Organização Mundial da Saúde - OMS deseja como meta para os próximos anos. Infelizmente, estima-se que o número de óbitos por suicídio pode estar ainda mais alto, devido à subnotificação dos casos.
Entre as principais medidas de eficácia para a prevenção, demonstradas por pesquisas internacionais acerca do tema, estão:
treinamento eficaz de médicos para identificar e tratar corretamente episódios de depressão;
restrição ao acesso a meios letais;
e o tratamento/acompanhamento do paciente após alta hospitalar ou atendimento em posto de saúde devido a tentativa de suicídio.
O papel da ABP na prevenção do suicídio
Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP trouxe o alerta sobre o tema para o Brasil, em parceria com o Conselho Federal de Medicina - CFM e demais entidades da sociedade civil organizada.
Desta parceria, nasceu a cartilha "Suicídio: informando para prevenir". O material fala sobre o fornecimento de informações para médicos e população sobre o tema, de modo a ajudar na identificação de pessoas em risco e prevenir o ato suicida.
Suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, que pensam em encerrar a própria vida devido a complicações de transtornos mentais dos quais padecem. A exemplo, destacam-se os transtornos de humor, por uso de substâncias psicoativas, esquizofrenia e transtornos de personalidade.
Na próxima semana, mais informações sobre os fatores de risco que levam uma pessoa ao comportamento suicida.
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